E agora? Aqueles delicados botões que estavam quase a florir, quando teu olhar no meu pousou, virarão pétalas secas? Voando por aí sem qualquer direção. É isso? O pôr-de-nós aconteceu?
Carregava restos. Garrafas, caixas, isopor. Feito barata, era ignorado por olhares neutros. Desconfiava que muitos se desfizeram de sorrisos... Em sua lida diária, reciclava alegrias desprezadas.
Foto do Pão-de-Açúcar, Rio de Janeiro- setembro/2011
Todas as vezes que via o sol se por, pensava que poderia ser a última chance. Ciente de que uma vez acertaria, curtia a luz, a cor, o som que jurava ouvir quando o mar fervia em cada entardecer.
Brincavam de rolar no chão, umsobre o outro, brigando comobonsirmãos, às gargalhadas. De repente, o rubor subiu à face dos dois. Pararam paranuncamais.