Maria viajou para uma ilha.
Plantava, colhia e cantava à espera de umbarcoquejamais
chegava. E havia a sereiaque
amava o canto de Maria e apreciava, maisquetudo, afundarbarcos.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
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rompe-se
não sei o quê
( duma cortina de bambu e água ? )
prescidamos aqui das palavras
( para que o veneno se não se perpetue
na língua recém-nascida
desta açucena )
~
quinta-feira, 28 de junho de 2012
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Hoje,
tamanhos eram o desejo
e a esperançaque,
jácom os
olhosnus, despenava
os cíliospostiços e
saía à procura de
outrodedopara se fecharcontra o seu e
quem sabe daquela
vez
Detestava multidão, barulho, bagunça, sujeira e calor. No carnaval se trancava no quarto. Ar condicionado, peladão, bebia todas e se acabava de cantar e sambar sozinho. Cansado, caia duro ali mesmo em seu palco pessoal, a cama.
Comternura, apóspequenolapso de tempo, deitou-se comserenidadesobre o seio de Miranda. O ínfimocasulooblongo, quejá continha emgermeseufuturo, alçou vôosobre a cálidamarola de luz, onde se escondia a morte.
Médico,idoso, seuhumoreracadadiamaismórbido. Comemorou aniversáriodentro de UTIs, desligando disfarçadamente os aparelhos de pacientes idosas. Quando "apagou" noventa velhinhas voltou pracasa!
sexta-feira, 1 de junho de 2012
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jangada era de mim: um líquido se derramava na corrente peregrina da pele