segunda-feira, 20 de junho de 2011

Cinismo



Cortou, lixou, puxou até colocar, mais ou menos, no lugar. Estava apressado.

Minutos depois retirou os panos para melhor observar o resultado.

Riu ― a plástica ficara uma porcaria.

Mas, por 20 prestações de cem reais, não iria fazer melhor.

6 comentários:

Anônimo disse...

Nosso high-times da beleza artificial.

Grande mimo,

Abrax

Roy

Angela disse...

Muito bom Lu!
Doloroso, mas muito real. Terrível quando acontece a quem necessita, como no caso de uma reparadora.

Lu_MCordeiro disse...

Oi,Ângela,com a imposição de "beleza e juventude" a qualquer custo,as pessoas acabam precisando consertar alguma coisa no físico porque a alma fica doente.E passam por sequenciais cirurgias,regimes espartanos,academias escravizadoras,e terminam endividadas e reféns dos charlatães que se aproveitam de sua insegurança e fragilidade.

A mídia é responsável pela tirania do belo idealizado,e,infelizmente,poucos ficam imunes à pressão psicológica e terminam por se submeter à torturante busca pela beleza.Assim tentam "reparar os defeitos" que o tempo ou a genética lhes impôs.

Creio que,hoje em dia,qualquer plástica acaba sendo reparadora:a sociedade faz o estrago,a cirurgia é tentada para consertar ou minimizar os efeitos,e os charlatães se dão bem.
Terrível!

Angela disse...

Lu, conheço muita gente, incluindo a mim, que aceita bem a velhice e não se deixa envolver por estes valores. Quando falei em "reparadora" me referia a pessoas que passam por acidentes, queimaduras etc. e, ainda assim, estão sujeitas às imperícias técnicas ou morais de profissionais desta especialidade médica.

SV disse...

Ângela, sensacional!

Recomendo o vídeo
http://youtu.be/ZidBmzFFSyk

Ainsana juventude que nossa civilização cultua tem lá suas explicações.

Beijos!

Angela disse...

Este post acabou se tornando uma sala de conversa! obrigada Lu!

Ótimo vídeo Silvio! para mim, um tanto angustiante, mas uma coisa me chamou bastante a atenção: a palavra - identidades - e, pasme: determinadas pela Internet! Será que o conceito de Identidade mudou e eu nem percebi?