sexta-feira, 6 de julho de 2012

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ontem António da Silva ingeriu dezasseis comprimidos 
de lorazepan
e logo morreu sua metade 

revelando uma escrita contrita e nublada
a que chamou oração


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3 comentários:

Angela disse...

Não consegui compreender. Será que só eu?

~pi disse...

não sei, Ângela...

[o lorazepan "mata" a memória do instante, e ao mesmo tempo activa e mantém em funcionamento um outro patamar de consciência -
daí que tenha surgido a última frase "revelando uma escrita contrita e nublada
a que chamou oração"]

bom, um pouco a modo de "explicação" que não será, cá fica! :-)





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Angela disse...

Obrigada ~Pi!
Agora ficou super claro - eu desconhecia este efeito do fármaco!

Achei sua história perfeita!