segunda-feira, 30 de agosto de 2010

À DERIVA...




Quando o telefone tocou, ele atendeu sussurrando.

Logo saiu dela sem dar explicações e sumiu na noite.

E minutos antes havia lhe jurado amor.


domingo, 29 de agosto de 2010



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aos poucos soubera

que a ninguém interessavam as suas histórias -

que nem tinha tema:

eram assim como histórias sem história

rios que voavam, pinhas que caíam

( poços pequeninos, estações silvando

,vestidos sem costas abrindo-se ao vento





quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Débil estratégia


Ela recebia flores e cartões toda semana.
O marido matou-a, mesmo sabendo que era ela que fazia as encomendas na floricultura.
Preferiu matá-la, a saber, que alguém a achava importante, mesmo que fosse ela mesma.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010


Passava os dias viajando na rede: Twitter, Facebook, Orkut, MSN. Vasculhava perfis, ria de fotos alheias, mas não deixava rastros. Sorrateiramente, viajava anônimo, tão só quanto andava na vida.

sábado, 21 de agosto de 2010

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Mortífero sedutor


Começou matando gatos e cachorros, depois mulheres.
Não sentia quase nenhuma diferença, só na hora de enterrar.
Descobriram por acaso, no seu perfil na internet.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

E Por Falar em Geografia...



Entre o Trópico de Câncer e o de Capricórnio...

Ele preferiu a Linha do Equador.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Acorrentado

Foto: Google

As correntes marítimas apontavam para o Norte

Passou a vida acorrentado esperando ir para o Sul.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Filosofia numa hora dessas?



Hora do rush. Em meio a chuva, parou o carro à margem da rodovia e ficou olhando o movimento ensandecido. Buzinas, sirenes, alguém que lhe gritava algo que não compreendia.
Por um instante quis rir de tudo aquilo, mas deixou a filosofia e foi trocar o pneu.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O Café...

Fonte: Google
O café caiu sobre a CPU do computador

200 minutos depois...

Um belo capuchino!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Des-encontro



Encontrou-o na porta do quartel e o levou para casa.

Mas o homem dos coturnos chutou-o até a morte.

E roubou o que podia.