quinta-feira, 12 de junho de 2008

a censura da chuva

mulher com flores - Picasso
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disseram-lhe:
- o que escreves é demasiado pesado, escreve antes sobre flores!
escolheu flores de pétalas duplas e escreveu fábulas para gente crescida.
nunca editou um livro. a chuva levava as palavras.

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9 comentários:

Anônimo disse...

Sou adepto do "escreva o que vier". Dá mais certo do que ficar procurando pôr flores em tudo.

SV disse...

Mordaças são fáceis; dedos que apontam são ágeis... O mais difícil é gritar contra o que nos perturba.
Fale sempre em todas as direções sobre o que bem entender. Só assim serás um ser completo.

J.R. Lima disse...

Quantos não se calam por medo, acomodação, ou censura?

O mais importante e honroso é ter a coragem de dizer. Sempre.

Ana Mello escritora disse...

Lindo Ana.
Digo sempre, dissolvo-me em palavras pela rede.
Beijocas da Ana Mello.

Anônimo disse...

O que tu chamas de bela paisagem
não me causa senão cansaço.
Escrevo o não-belo e o triste
porque me visto de palavras pelo avesso.
Encontrei meu contraponto
no pitoresco e no feio.
Eu amo o feio.
Sinto por não ser confortável
o que te escrevo.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Palavras frágeis como flores quase sempre são levadas pela chuva... mas tendo em vista sua pureza, há sempre um modo de guardá-las na mais doce lembrança!

Anônimo disse...

Não só de flores é feita a vida .. se vc procurar bem garanto que vai encontrar poesia até mesmo em espinhos .. um beijo grande do amigo carioca .. guto leite
www.chutandoobardi.blogger.com.br

Anônimo disse...

Não deixou só curiosidade,,, deixou, também, o nome (Ana), pois que ainda não sabia! rs
...
A mim, chuva traz palavras... A você, inspiração,,, poetisa aquática! rs

Bjs e debochadas invenções!