terça-feira, 3 de junho de 2008

a degradação humana e o peso de uma moeda

Revista Cais - O Abrigo dos Sem Abrigo


.
passam fingindo que não vêem.
afastam-se com receio que lhes apaguem o rasto da dispendiosa fragrância.
iluminados? – não! são apenas acomodados.
às vezes aliviam a consciência com uma moeda.

.
.

Revista CAIS - revista de foto-reportagem vendida por sem-abrigo, ou outros grupos socialmente excluidos.
A CAIS é uma Associação de Solidariedade Social sem fins lucrativos. Nasceu em 1994 e tem como missão o apoio à reinserção, a todos os níveis, de pessoas sem tecto e sem lar em Portugal. Com a publicação de uma revista, vendida exclusivamente por pessoas sem residência fixa, e mais recentemente com a Ponte Digital, a CAIS tem procurado reintroduzir no mundo das relações interpessoais e de trabalho, mulheres e homens pobres e marginalizados.
.

9 comentários:

Anônimo disse...

...pois é ...mas da maneira como está o custo de vida e se assim continuar, nem nos irá restar nenhuma moedinha para aliviarmos a consciencia!...

(no q se refere à revista CAIS, se a vendessem mais barato, se baixassem tambem o valor das quotas mais pessoas contribuiriam. é q andamos a "dar" para tanta gente q qq dia temos q pedir para nós)

* hemisfério norte disse...

Em "resposta" ao post anterior, quero salientar que o objectivo da revista não é "DAR" nada a ninguém.

Faz, isso sim, parte de um projecto de reinserção social.

Inspirada na revista inglesa, The Big Issue, a Revista CAIS é a primeira criação da Associação (cais), e tem-se revelado uma estratégia sócio/cultural de sucesso, nos processos de acompanhamento psicossocial e profissional dos sem-abrigo, e de outras pessoas em risco.
São estes que a vendem, em exclusivo, na rua.

Privilegia as temáticas sociais, culturais e cientificas na selecção e abordagem editorial.

O seu principal objectivo é despertar os leitores e a opinião pública em geral, para as problemáticas sociais relacionadas com os sem-abrigo e com outras formas de exclusão.

O preço de capa são 2€ e a receita das vendas reverte para os vendedores (70%). É distribuída por instituições de cariz social em todo o país, que seleccionam, entre os seus utentes, os vendedores CAIS.
A revista CAIS não é um porto de chegada, mas um ponto de partida, uma resposta de transição para a vida activa.

Por norma é uma revista mensal.

Obrigada
bjs
a.

Anônimo disse...

Qualquer meio de ajuda que promova a auto-estima e a dignidade deve ser apoiada. O que não se pode fazer é assistencialismo. Penso que a idéia da revista está fundada na reabilitação do homem para a sociedade, sua reinserção no convívio social.

J.R. Lima disse...

Em São Paulo há a revista OCAS, com uma proposta que me parece bastante semelhante. (http://www.ocas.org.br)

Claro que "aliviar a consciência com uma moeda" não é o desejável. Melhor é comprar uma revista, que, além de tudo, é boa. Todo trabalho remunerado é melhor que esmola.

Lindo e oportuno post.

Anônimo disse...

Parabens por promover o nome da CAIS... a cais é mais umas das que promove a defesa das pessoas.. um dia podemos nós mesmos precisarmos de um CAIS...

Numa sociedade que se diz pluralista mas que nao passa de egoista...
Sílvia Azevedo
CAIS Porto

Anônimo disse...

Esses que dão a moeda, às vezes, precisam muito mais de ajuda do que os pedintes.

Ana Mello escritora disse...

Ana, estás na Revista Veredas:
www.veredas.art.br
Beijocas da Ana Mello.

Everaldo Ygor disse...

Olá!
A.
Por aqui temos a revista OCAS...
E lhe digo que as vezes é difícil até de olharmos para dentro de nós mesmos...
Abraços
Everaldo Ygor
http://outrasandancas.blogspot.com/

Jerónimo disse...

Há quem se lembre dela - a consciência - e a alivie com uma moedinha.
Há quem se lembre dela e não a possa aliviar, sem ser com um sorriso.

Mas o pior é que há quem tem muitas moedinhas e não se lembre da consciência.